quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Decidir...blá,blá,blá

Ô coisa difícil essa de tomar decisão! Ir pra direita ou esquerda? Pagar um pacote para Buenos Aires porque tá barato ou investir um pouco mais numa viagem para um lugar que realmente se tenha vontade de conhecer? Perdoar aquela criatura que te prejudicou ou colocar o nome dela na boca do sapo? Cair de boca naquela feijoada de domingo ou maneirar e ficar só na laranja que acompanha o prato?
São muitas dúvidas, muitos senões. A vida parece uma eterna competição na qual vence aquele que tomar a decisão certa. E...primeiro. Sim, porque a decisão certa ainda tem de ser na hora certa. Depois...babau.
Quantos de nós já não tomaram várias decisões erradas? Afinal, errar é humano, diz o ditado.
Imagino que passamos a tomar decisões certas depois de várias erradas. Quando crianças, só aprendemos que não se deve colocar o dedo na tomada depois de levar alguns choques. Mais velhos, que não devemos dizer tudo que nos vem à cabeça – e até aí, provavelmente, já fizemos algumas inimizades pelo meio do caminho.
Mas a decisão correta, como toda escolha que se faz, também pode ter seu preço.
Se você disse sim para o(a) homem/mulher certo(a) da sua vida, que bom! Mas se você tomou uma decisão na vida cujo objetivo era “fazer o que tinha de ser feito”, fico pensando se, embora parecendo ser esta a decisão mais acertada, não estaríamos abrindo mão de algo importante: o tesão. Como dizia Roberto Freire, sem tesão não há solução.
Por isso, colocar o dedo na tomada dá choque, mas tem gente que até hoje curte ter atividades tão loucas quanto. E vive disso. A sociedade os taxa de loucos, mas eles são felizes assim, colocando o dedo na tomada.
E os que decidiram ser comportados e não dizer mais o que pensam a torto e a direito? Se elas vivem em um ambiente em que não se sentem impedidas a dizer o que pensam de verdade o tempo todo...maravilha! Mas que preço isso tem num ambiente que só falta nos implorar a emitir a nossa verdadeira opinião sobre as coisas e pessoas que nele vivem? (“Será que dá pra você fazer alguma coisa certa uma vez na vida, seu incompetente?” “Será que você não cansa de contar sempre as mesmas piadas?” “Eu não vou te convidar pra minha festa porque você é uma mala sem alça”).
Há abstinências que sofrem menos pressão. Como os que se privam da feijoada dominical. Se este dominical é todo domingo do mês realmente o setor cardiológico do Hospital é o único caminho viável para este ser. Mas uma “vezinha” só não vai matar ninguém. E...vamos combinar que se restringir à laranjinha da feijoada é o mesmo que ir à Roma e não ver o Papa. Melhor não ir!!!
Por isso que, às vezes, eu acho que não tem decisão meio-termo: é a certa ou é a do coração. O céu mesmo é quando as duas coincidem. Aí dá até pra perdoar quem te prejudicou, pois como diz o mesmo ditado citado anteriormente, se errar é humano, perdoar é divino.

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